Descrição Geral
Era 29 de setembro de 1968. Dali a poucos meses, o AI-5 radicalizaria a ditadura e a repressão. Foi nesse contexto que Chico Buarque levou a pior vaia de sua vida ao lado de Tom Jobim em pleno Maracanãzinho lotado. O público do II Festival Internacional da Canção rejeitava a música Sabiá , composta pelo jovem Chico e pelo maestro soberano , vista como por demais lírica , incondizente com o Brasil que caminhava para uma revolução. Segundo Chico, a vaia que tomou era de fazer inveja ao pilantra Carlos Imperial .
Quase um ano depois, Wilson Simonal era ovacionado no mesmo Maracanãzinho, regendo um coro de 30 mil vozes. Vivia-se o auge da Pilantragem, apogeu de um movimento cultural que transformou o cantor num ídolo popular, superando as barreias da MPB universitária. Em 1969, ele era o artista símbolo do Patropi. Simonal cantava a alegria do País Tropical abençoado por Deus e bonito por natureza , e sua empolgação era compartilhada por 90 milhões em ação . Um de seus bordões mais repetidos era Alegria, alegria .
Depois de quase quarenta anos exilado em seu próprio país, acusado de dedo-duro da ditadura dos anos 1970, o cantor foi reabilitado recentemente. Longe de buscar respostas instrumentalizáveis por discursos tolos, Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga pretende explodir as questões em múltiplos sentidos. Partindo da trajetória de Wilson Simonal, as linearidades das políticas da memória se corroem diante dos paradoxos e das ambiguidades da época.
Gênero: Biografia
Editora: Record
Autor: Gustavo Alonso
ISBN: 9788501084828
Ano: 2011
Edição: 1ª
Número de páginas: 472
Acabamento: Brochura
Formato (LxA):16,00x23,00
Características
- Autor: GUSTAVO ALONSO
- Encadernação: BROCHURA
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