Descrição Geral
Analisar e compreender a organização e a manifestação da cultura dentro do desenvolvimento do capitalismo foi um dos motores de pensamento do alemão Theodor W. Adorno. E, sem dúvida, a extensão dessa elocubração que se detém ao ritmo industrial da produção cultural, sempre rápido, duro, pasteurizado e sem alma , segundo Adorno, é criticável em qualquer regime político, econômico e ideológico.
Um dos principais nomes da Escola de Frankfurt grupo responsável por uma série de leituras sociais e filosóficas de embasamento crítico -, Adorno, descendente de judeus, estudioso de Kant e amante das artes (em especial da música), foi obrigado a fugir da Alemanha durante a perseguição judaica e socialista. Durante o exílio nos Estados Unidos, seu interesse pelo imbricamento de técnica, cultura e consumo gerou a obra Dialética do esclarecimento, escrita em conjunto com Max Horkheimer, na qual aparece pela primeira vez o conceito de indústria cultural.
O termo, utilizado como uma atualização da ideia de cultura de massa, remete às ideias de dominação, difusão e velocidade com o qual a cultura, o entretenimento e a diversão passam a ser tratados e oferecidos pelo capitalismo aos trabalhadores-consumidores, que, ao fim do dia, encontram apenas o sempre-igual, a eterna repetição do passado.
Nesta nova edição de Indústria cultural e sociedade, leitores e leitoras encontrarão três importantes ensaios de Theodor Adorno escolhidos pelo professor da Universidade de São Paulo Jorge de Almeida. São eles: Indústria cultural: o Iluminismo como mistificação das massas , Crítica cultural e sociedade e Tempo livre .
Escritos entre 1947 e 1969 ano de morte do autor -, estes textos apresentam suas ideias centrais acerca do empobrecimento da experiência, da desvalorização do ócio e do desenvolvimento artístico. A partir da discussão sobre os principais meios de difusão de sua época o rádio e o cinema -, Adorno abre portas que nos permitem compreender manifestações culturais, artísticas e de entretenimento dos séculos XX e XXI.
Diante destes ensaios clássicos da filosofia da comunicação e da estética, podemos conhecer e questionar as atuais implicações e imposições da ideologia e da técnica. Se até agora estivemos diante do sempre-igual, com este livro será possível refletir e modificar a pseudocultura da indústria cultural.
Gênero: Ciências sociais
Ano: 2021
Edição: 1ª
Número de páginas:112
Acabamento: Brochura
Formato (Lcm x Acm): 13x21
Lançamento:07/06/2021
Características
- Autor: THEODOR W. ADORNO E JORGE M. B. DE ALMEIDA
- Encadernação: BROCHURA
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