Descrição Geral
Este volume recolhe o texto da aula inaugural da cadeira de Semiologia Literária lido por Roland Barthes no Colégio de França em 1977. A despeito de sua extensão, trata-se de um dos textos mais intensos e mais radicais do autor. Numa linguagem cuja polidez acadêmica sente-se, constante e latente, uma nota de velada ironia, Barthes denuncia na sua aula inaugural a astuciosa pluralidade do poder, cujo discurso da arrogância não é assumido apenas pelos porta-vozes do Sistema, mas no próprio mecanismo da linguagem. Como a língua implica uma relação fatal de alienação na medida em que impõe coerções iniludíveis ao falante, Barthes não hesita em chamá-la de fascista, já que fascismo não é impedir de dizer, é obrigar a dizer . Para ele, só a literatura pode fazer ouvir a língua fora do poder , por ser o lugar de eleição das forças de liberdade , quando mais não fosse pelo exercício daquela função utópica que ela sempre escolheu exercer. Traduzido para o nosso idioma por Leyla Perrone-Moisés, a obra em sua edição nacional recebeu um prefácio em que, ao analisar-lhe o conteúdo e as implicações do texto, faz brilhantes observações sobre toda a obra de Roland Barthes.
Características
- Autor: ROLAND BARTHES
- Encadernação: BROCHURA
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